
Tudo passa (Ou deveria) pela via do sensível. Não me refiro, porém, ao que se entende comumente, falo da capacidade de sentir a si e ao (s) outro (s) numa esfera muito pouco explorada: “Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma…” (Clarice Lispector) Falo de experiências próximas das que as mães, por exemplo, vivenciam. Transcendental!: gerar em si um outro e ainda assim existir em plenitude. Estamos em processo, desconstruindo visões estereotipadas do que é “certo” ou “errado”, de quebra de padrões socialmente impostos, num mergulho que nos lança para além de nós mesmo, fazendo-nos mais “humanos” e atentos às dores dos que estão dentro e fora dos meus círculos afetivos. Tá aí um termo pertinente, afetividade! Por que há regras que só machucam, censuram e acabam condenando milhares de vidas ao calabouço do silêncio? Por que precisamos nos anular pra fazer parte de algo que não acrescenta, que nem nos comporta? E para concluir (Por hora) “colho” mais uma frase frutífera na genealogia da canção Meninos e meninas: “Acho que o imperfeito não participa do passado”. O “Imperfeito” é atemporal, assim como será nossa luta em #processomenino. Até lá!
Fernando Filho (Diretor do Espetáculo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário