segunda-feira, 16 de abril de 2018

#ProcessoMenino é o novo espetáculo da Cia de Teatro Solar

“Quero me encontrar, mas não sei onde estou”. Essa frase é o início da “saga” poeticamente desenhada em Meninos e meninas, composta por Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, a tríade da icônica banda de Rock brasiliense (POP também, não?) Legião Urbana.


Tudo passa (Ou deveria) pela via do sensível. Não me refiro, porém, ao que se entende comumente, falo da capacidade de sentir a si e ao (s) outro (s) numa esfera muito pouco explorada: “Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma…” (Clarice Lispector) Falo de experiências próximas das que as mães, por exemplo, vivenciam. Transcendental!: gerar em si um outro e ainda assim existir em plenitude. Estamos em processo, desconstruindo visões estereotipadas do que é “certo” ou “errado”, de quebra de padrões socialmente impostos, num mergulho que nos lança para além de nós mesmo, fazendo-nos mais “humanos” e atentos às dores dos que estão dentro e fora dos meus círculos afetivos. Tá aí um termo pertinente, afetividade! Por que há regras que só machucam, censuram e acabam condenando milhares de vidas ao calabouço do silêncio? Por que precisamos nos anular pra fazer parte de algo que não acrescenta, que nem nos comporta? E para concluir (Por hora) “colho” mais uma frase frutífera na genealogia da canção Meninos e meninas: “Acho que o imperfeito não participa do passado”. O “Imperfeito” é atemporal, assim como será nossa luta em #processomenino. Até lá!

Fernando Filho (Diretor do Espetáculo)

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